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Serviço Municipal de Proteção Civil

 

Prevenção/Proteção

 

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O Homem ocupa a superfície terrestre do planeta, organizado em sociedades cada vez mais complexas e artificiais, numa aparente harmonia com a natureza, mas sujeito a riscos e a fenómenos naturais intensos que comprometem, frequentemente, o equilíbrio entre o ambiente social e o ambiente natural.

A vulnerabilidade das diversas sociedades aos fenómenos naturais e aos riscos, por elas muitas vezes criados, reflete o diferente grau de preparação de cada uma face a esses fenómenos. Não é por acaso que o mesmo tipo de fenómeno, ocorrendo com a mesma intensidade em sociedades diferentes, pode provocar fortes disfunções numa, não afetando outras.

Só é pertinente referir catástrofes naturais quando, direta ou indiretamente, afetam a estrutura social de uma forma significativa. As catástrofes constituem processos de rotura entre o sistema social e o ambiente natural.

Os riscos naturais a que estamos sujeitos são diversos, ocorrendo, por vezes, ciclicamente na mesma região.

 

Se, de facto, durante muitos séculos as catástrofes se limitaram aos fenómenos de origem natural, a evolução tecnológica, a criação de novos tipos de indústrias, a utilização de mais e maiores quantidades de substâncias perigosas provocou a aparição de outro tipo de acontecimentos catastróficos – os acidentes tecnológicos.
Os acidentes tecnológicos, derivados da atividade humana, são acontecimentos súbitos e não planeados, causadores de danos graves no Homem e no Ambiente.

 

Para mais informações, consulte os seguintes portais:


Autoridade Nacional de Proteção Civil


Instituto de Meteorologia


Direção Geral de Saúde


Informação Pública

 

Prevenção Cheias / Inundações

 

Prevenção contra cheias e inundações


As situações de chuva intensa, que originam as cheias, encontram-se associadas a condições de instabilidade atmosférica que, em Portugal continental, ocorrem geralmente do outono à primavera.
As inundações ocorrem um pouco por todo o país mas as bacias hidrográficas dos médios e grandes rios são as mais afetadas. Os rios Tejo, Douro e Sado têm um longo historial de cheias, frequentemente reportadas na comunicação social. Outros rios apresentam atualmente maior capacidade para evitar a ocorrência de cheias. O rio Mondego, por exemplo, dispõe já de um sistema integrado de regularização (barragens e diques) que reduz a ocorrência de cheias frequentes.
A ação preventiva constitui a estratégia mais eficaz no combate a este tipo de situações extremas, dadas as suas graves consequências.
A prevenção de secas é efetuada através de duas componentes, a previsão, que possibilita a antecipação de ações de controlo, e a monitorização, que permite detetar e conhecer em cada instante o grau de gravidade da situação.
A previsão de secas é essencialmente climatológica. A monitorização e deteção têm uma componente fortemente hidrológica.
O Instituto da Água é a entidade responsável em Portugal pela previsão e deteção de secas, através do Sistema de Prevenção e Proteção de Secas que, apoiado na monitorização (Programa de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos) e numa análise de secas regionais, permite identificar as regiões do país em crise e acompanhar a sua evolução.

 

Medidas de minimização dos efeitos das secas


A prevenção e a minimização dos efeitos de uma seca passam também pela alteração do comportamento individual de cada pessoa no que respeita ao consumo de água antes e durante a evolução de uma seca.
A água é um recurso natural limitado e essencial à vida. A sua conservação deve merecer-nos, em qualquer altura, certos cuidados.
Medidas simples e adequadas contribuem para uma gestão equilibrada do consumo de água.
Em situação normal:
– Manter toda a canalização doméstica em bom estado por forma a não haver perdas nas torneiras, nos autoclismos, nos esquentadores, nas máquinas de lavar e nas junções;
– Instalação de reguladores de caudal nas torneiras;
– Instalação de autoclismos com sistemas de redução de volume de água para descarga;
– Evitar os banhos de imersão e tomar duches rápidos;
– Usar apenas a água indispensável nas outras lavagens de higiene pessoal, mantendo tapado o orifício da bacia;
– Não deixar a água correr durante a lavagem dos dentes;
– Lavar a roupa ou a loiça nas máquinas, com a respetiva carga completa e usando programas curtos;
– Na lavagem da roupa e da loiça à mão usar apenas a água necessária;
– Fazer uma leitura regular do contador para saber a quantidade de água que se está a gastar;
– Utilizar como período de rega: antes das 7 horas da manhã ou após as 6 horas da tarde.

 

Em situação de seca:

 

Além das medidas anteriormente enumeradas:
– Diminuir a quantidade de água no autoclismo colocando no seu depósito uma garrafa de plástico cheia de areia ou de água, para que não fique a flutuar;
– Em caso de cortes no fornecimento de água, encher apenas as vasilhas estritamente necessárias para o seu consumo; 
– Não encher piscinas;
– Reutilizar a água sempre que possível (exemplo: rega).
A ÁGUA é indispensável à VIDA!
É preciso que TODOS POUPEM A ÁGUA!

 

Prevenção e Minimização dos efeitos das secas (monitorização)

 

A monitorização de secas baseia-se no acompanhamento da progressão do fenómeno, com base num sistema de informação de recursos hídricos, que permite conhecer em cada instante a gravidade da seca.
É realizada através da análise de variáveis hidrometeorológicas, como a precipitação, o escoamento, a água no solo, o volume de água armazenado nas albufeiras, nível freático dos aquíferos, a evaporação e a evapotranspiração.
A deteção pode ser efetuada por vários métodos, sendo uma metodologia possível a que se baseia no índice de Palmer, que é um balanço entre a precipitação e a humidade dos solos, a evapotranspiração, a recarga profunda de aquíferos e os escoamentos.

 

Medidas de Autoproteção

 

Habitualmente é possível prever uma cheia através dos níveis de água, das descargas das barragens e das observações meteorológicas.
No entanto, uma cheia provocada por chuvas intensas e repentinas, dificilmente permitirá que as populações sejam avisadas.
Para diminuir sofrimentos e prejuízos, cada cidadão em zona de risco de cheia deve ter conhecimento das seguintes medidas de autoproteção e procedimentos de segurança.

 

SE VIVE NUMA ZONA DE CHEIA:

 

Adquira o bom hábito de escutar os noticiários da Meteorologia do outono à primavera.
- Procure informar-se sobre o historial de cheias passadas;
- Identifique pontos altos onde se possa refugiar e que estejam o mais perto possível de casa ou do emprego;
- Elabore uma pequena lista dos objetos importantes que deve levar consigo numa possível evacuação;
- Pondere a hipótese de fazer um seguro da sua casa e do recheio;
- Arranje um anteparo de madeira ou metal para a porta da rua;
- Tenha sempre em casa uma reserva para dois ou três dias de água potável e alimentos que não se estraguem;
- Mantenha a limpeza do seu quintal, principalmente no outono devido à queda das folhas.


JUNTE NUM ESTOJO DE EMERGÊNCIA O SEGUINTE MATERIAL:


- 1 Rádio transístor e pilhas de reserva;
- 1 Lanterna e pilhas de reserva;
- Velas e fósforos ou isqueiro;
- Medicamentos essenciais para toda a família;
- Agasalhos, reserva de roupa e objetos;
- Artigos especiais e alimentos para bebés;
- Fotocópias de um documento de identificação para cada membro da família;
- Fotocópias de outros documentos importantes.


QUANDO HOUVER UMA CHEIA:


- Mantenha-se atento aos noticiários da Meteorologia e às indicações da Proteção Civil transmitidas pela rádio e televisão;
- Conserve o sangue frio. Transmita calma à sua volta;
- Acondicione num saco de plástico os objetos pessoais mais importantes e os seus documentos;
- Coloque à mão o seu estojo de emergência;
- Transfira os alimentos e os objetos de valor para pontos mais altos da casa;
- Liberte os animais domésticos e proceda à evacuação do gado para locais seguros;
- Coloque um anteparo à entrada da casa; 
- Retire do seu quintal objetos que possam ser arrastados pelas cheias;
- Prepare-se para desligar a água, o gás e a eletricidade, se for caso disso.


DURANTE UMA CHEIA:


- Mantenha a serenidade;
- Procure dar apoio às crianças, aos idosos e aos deficientes;
- Continue atento aos conselhos da Proteção Civil;
- Prepare-se para a necessidade de ter de abandonar a casa;
- Desligue a água, o gás e a eletricidade;
- Não ocupe as linhas telefónicas. Use o telefone só em caso de emergência;
- Não caminhe descalço nem saia de casa para visitar os locais mais atingidos;
- Não utilize o carro. Pode ser arrastado para buracos no pavimento, para caixas de esgoto abertas, ou até para fora da estrada;
- Não entre em zonas caudalosas. Há o risco de não conseguir suportar a força da corrente, além de que pode ocorrer uma subida inesperada do nível da água;
- A água da cheia pode estar contaminada com substâncias indesejáveis. Não a beba.
- Procure ter sempre uma atitude prática perante os acontecimentos.


SE FOR EVACUADO:


- Mantenha a calma e respeite as orientações que lhe forem transmitidas pela Proteção Civil;
- Não seja alarmista;
- Não perca tempo;
- Leve consigo uma mochila com os seus pertences indispensáveis, o estojo de emergência e uma garrafa de água e bolachas;
- Esteja atento a quem o rodeia. Podem precisar da sua ajuda;


DEPOIS DA CHEIA:


- Siga os conselhos da Proteção Civil;
- Regresse a casa só depois de lhe ser dada essa indicação;
- Preste atenção às indicações difundidas pela comunicação social;
- Facilite o trabalho das equipas de remoção e limpeza da via pública;
- Ao entrar em casa, faça uma inspeção que lhe permita verificar se a casa ameaça ruir. Se tal for provável, NÃO ENTRE;
- Não pise nem mexa em cabos elétricos caídos. Não se esqueça de que a água é condutora de eletricidade;
- Mantenha-se sempre calçado e, se possível, use luvas de proteção;
- Opte pelo seguro. Deite fora a comida (mesmo embalada) e os medicamentos que estiveram em contacto com a água da cheia, pois podem estar contaminados;
- Verifique o estado das substâncias inflamáveis ou tóxicas que possa ter em casa;
- Comece a limpeza da casa pela dispensa e zonas mais altas;
- Beba sempre água fervida ou engarrafada.

 

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Prevenção Seca

 

Prevenção em casos de Seca


A seca é uma catástrofe natural com propriedades bem características e distintas dos restantes tipos de catástrofes. 
De uma maneira geral é entendida como uma condição física transitória caracterizada pela escassez de água, associada a períodos extremos de reduzida precipitação mais ou menos longos, com repercussões negativas significativas nos ecossistemas e nas atividades socioeconómicas.
Distingue-se das restantes catástrofes por o seu desencadeamento se processar de forma mais impercetível, a sua progressão verificar-se de forma mais lenta, a ocorrência arrastar-se por um maior período de tempo, poder atingir extensões superficiais de muito maiores proporções e a sua recuperação processar-se de um modo também mais lento.
O conceito de seca não possui uma definição rigorosa e universal. É interpretado de modo diferente em regiões com características distintas, dependendo a sua definição da inter-relação entre os sistemas naturais, sujeitos a flutuações climáticas, e os sistemas construídos pelo homem, com exigências e vulnerabilidades próprias. 
Conforme a perspetiva de análise, ou vulnerabilidade considerada, este fenómeno pode ser distinguido entre secas meteorológicas (climáticas e hidrológicas), agrícolas e urbanas.
Se, por um lado, o conceito de seca depende das características climáticas e hidrológicas da região abrangida, por outro, depende do tipo de impactes inerentes. Assim, em regiões de clima húmido, um período relativamente curto sem precipitação pode ser considerado uma seca, enquanto que em regiões áridas considera-se normal uma prolongada estação sem precipitação.
A ausência prolongada de precipitação não determina obrigatoriamente a ocorrência de uma seca. Se a situação antecedente de humidade no solo for suficiente para não esgotar a capacidade de suporte dos ecossistemas agrícolas, ou se existirem medidas estruturais com capacidade de armazenamento superficial ou subterrâneo suficiente para colmatar as necessidades de água indispensáveis às atividades socioeconómicas, não se considera estar perante uma seca. Na perspetiva da Proteção Civil, a seca caracteriza-se pelo défice entre as disponibilidades hídricas do país e as necessidades de água para assegurar o normal abastecimento público.
Na perspetiva da Proteção Civil, a seca caracteriza-se pelo défice entre as disponibilidades hídricas do país e as necessidades de água para assegurar o normal abastecimento público.

 

Causas de uma Seca

 

As secas iniciam-se sem que nenhum fenómeno climático ou hidrológico as anuncie, e só se tornam percetíveis quando está efetivamente instalada, ou seja, quando as suas consequências são já visíveis.
As causas das secas enquadram-se nas anomalias da circulação geral da atmosfera, a que correspondem flutuações do clima numa escala local ou regional, gerando condições meteorológicas desfavoráveis, com situações de nula ou fraca pluviosidade, durante períodos mais ou menos prolongados.
As condições para que uma seca se instale estão também relacionadas com outros fatores como, por exemplo, o incorreto ordenamento do território, insuficientes infraestruturas de armazenamento de água, uma sobreutilização das reservas hídricas subterrâneas, uma gestão incorreta do consumo de água, e até a desflorestação incontrolada do território.

 

Duração de uma Seca

 

A duração de uma seca corresponde ao tempo que a variável selecionada para a caraterizar (precipitação, escoamento, humidade do solo, água armazenada nas albufeiras, etc.) se encontra em défice relativamente a um nível de referência (limiar da seca). 
Ou seja, corresponde ao intervalo de tempo em que os problemas de escassez de água são críticos para determinados fins. Assim, se em termos climatológicos a seca tiver início no semestre seco, em termos agrícolas, por exemplo, ela só é reconhecida se persistir no período crítico, determinado em função do tipo de cultura.
Sob outra perspetiva, pode-se considerar como período crítico, por exemplo, a época turística de Verão para os sistemas de abastecimento das regiões de veraneio.
Um sistema de recursos hídricos só recupera de uma situação de escassez de água quando uma fração do défice total é compensada por um excedente, estimado em relação ao nível de recuperação (limiar da seca).
Assim, complementar ao conceito de duração de uma seca é o conceito de resiliência, que traduz uma medida do tempo de recuperação de um sistema desde o seu colapso, durante a crise, até um estado aceitável de operacionalidade. 
Um exemplo pode ser o volume de armazenamento de uma albufeira, que se considera recuperado quando atinge o nível médio anual e não apenas quando ultrapassou o limiar da seca.
A questão da duração de uma seca coloca-se pela severidade dos seus efeitos em caso de persistência. Os impactes acumulados resultantes de períodos cíclicos de seca afetam significativamente o tecido socioeconómico da região, podendo promover a redução progressiva da produção de culturas, da indústria, de energia hidroelétrica e do próprio bem-estar das populações.
Desde que existem registos meteorológicos em Portugal (há 140 anos) que não se observam mais de três anos consecutivos de seca.

 

Podemos prever uma seca?

 

A previsão de uma seca é essencialmente climatológica.
Existem dois métodos reconhecidos para a previsão de secas: 
• Estatísticos, baseados no estudo da interação oceano-atmosfera.
• Dinâmicos, baseados em modelos de circulação global da atmosfera.

Apesar de serem bem conhecidos os mecanismos atmosféricos que dão origem às secas, a sua previsão atempada é geralmente difícil, uma vez que se relaciona com a previsão meteorológica a longo prazo.
O mesmo se passa na análise de situações de seca, em que a previsão das suas durações e intensidades é complicada, dada a enorme aleatoriedade existente.
No âmbito da Proteção Civil, a possibilidade de ocorrência de secas em Portugal Continental começa, geralmente, a ser analisada a partir dos meses de fevereiro ou março, e o planeamento das operações de apoio às populações, caso seja necessário, abrange todos os meses da estiagem, geralmente até ao final do mês de setembro, altura em que, normalmente, se inicia o período húmido em Portugal.

 

Métodos Estatísticos e Dinâmicos de Previsão de Secas

 

Os métodos estatísticos baseiam-se no estudo da interação oceano-atmosfera, relacionando a variabilidade atmosférica com a variabilidade da temperatura superficial dos oceanos. Trata-se de um método empírico que apresenta correlações típicas de 0,6 a 0,8 para antecipações sazonais de 3 meses.
Os métodos dinâmicos apoiam-se na utilização de modelos de circulação global da atmosfera para vastas áreas, com integrações espaciais de semanas a meses, permitindo a incorporação de padrões climáticos de larga escala, gradualmente variáveis, que escapam à deteção nas cartas sinópticas diárias.

 

Consumo de água

 

Um dos fatores de origem antropogénica de maior relevância resulta do aumento da procura e do consumo de água que, genericamente, se pode atribuir ao crescimento socioeconómico e demográfico, verificado um pouco por todo o mundo. Dele resultou uma maior procura de água para consumo doméstico, a que há que acrescer a racionalização das atividades do setor primário, cada vez mais exigente de irrigação, o crescimento dos ramos industriais, que têm a água como componente subsidiária dos seus processos de produção, e ainda a degradação dos cursos de água causado pelo aumento do volume de efluentes. Estes aspetos contribuem para a diminuição das margens de flexibilidade entre as disponibilidades e as necessidades de água, tornando as populações vulneráveis à carência de recursos hídricos e à formação de condições de seca.

 

A seca em Portugal Continental

 

As situações de seca são frequentes em Portugal Continental. A sua incidência não ocorre de forma uniforme, sendo geralmente mais significativas nas regiões do interior norte, centro e sul do país.
No decurso dos últimos 60 anos verificou-se, em 27 dos anos, a ocorrência de precipitações abaixo do normal (8 dos quais foram climaticamente considerados de muito secos).
Existem diversas metodologias de classificação da severidade de uma seca relativas à sua intensidade ou, alternativamente, à extensão da área abrangida.
Dos inúmeros acontecimentos históricos registados, destacam-se as secas de maior extensão espacial que se verificaram em Portugal continental desde 1940, caracterizadas por se terem registado valores de precipitação com probabilidade de ocorrência inferiores a 20%.

 

SECAS DE MAIOR EXTENSÃO DESDE 1940


Fonte: Instituto de Meteorologia
O último de ano de seca que ocorreu em Portugal Continental (1995) uma grande parte do Alentejo teve problemas graves de abastecimento de água.


Projeções Futuras

 

O aumento previsto no consumo de água é um fator que potencia o risco natural de seca a nível nacional. Num estudo realizado em 1983, sob a égide do Serviço Nacional de Proteção Civil, foram estimadas as necessidades distritais de água até ao ano 2010.
Segundo esse estudo, e considerando o ano de 1990 como padrão, verifica-se que os incrementos globais esperados na procura de água para consumo doméstico e rega serão, respetivamente, cerca de 48% e 12% para o decénio de 2000, e cerca de 109% e 25% para o decénio de 2010.
A severidade de uma seca (gravidade dos efeitos) depende da deficiência de água no solo, da duração da seca e da sua extensão espacial.
Os setores mais vulneráveis são geralmente a agricultura, a indústria e o próprio bem-estar da população.
A seca acarreta dois tipos de consequências: diretas e indiretas.

Consequências diretas:

- Deficiente fornecimento de água para abastecimento urbano;
- Prejuízos na agricultura, na indústria e na produção de energia hidroelétrica;
- Restrições à navegação nos rios e à pesca em águas interiores.

Consequências indiretas:

- Favorecimento de condições que levem à ocorrência e propagação de incêndios florestais;
- Problemas fitossanitários;
- Degradação da qualidade da água;
- Erosão do solo;
- A longo prazo, desertificação, nas regiões de climas áridos e semiáridos.

Prevenção dos efeitos das secas:

A ação preventiva constitui a estratégia mais eficaz no combate a este tipo de situações extremas, dadas as suas graves consequências.
A prevenção de secas é efetuada através de duas componentes, a previsão, que possibilita a antecipação de ações de controlo, e a monitorização, que permite detetar e conhecer em cada instante o grau de gravidade da situação.
A previsão de secas é essencialmente climatológica. A monitorização e deteção têm uma componente fortemente hidrológica.
O Instituto da Água é a entidade responsável em Portugal pela previsão e deteção de secas, através do Sistema de Prevenção e Proteção de Secas que, apoiado na monitorização (Programa de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos) e numa análise de secas regionais, permite identificar as regiões do país em crise e acompanhar a sua evolução.

 

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Prevenção Ondas de Calor

 

Prevenção para Ondas de Calor


Uma onda de calor corresponde a um período de alguns dias da época estival, com temperaturas máximas superiores à média usual para a época.
As ondas de calor têm um grande impacto na saúde humana e contribuem também para a criação de condições propícias à propagação de incêndios florestais.
As temperaturas máximas para as quais se considera existir uma onda de calor variam muito ao longo do globo terrestre. 
As situações de calor extremo afetam de forma diferente as populações de regiões temperadas, como é o caso de Portugal Continental, e as que vivem em regiões normalmente mais quentes, que possuem uma aclimatação fisiológica e um estilo de vida adaptado.
A temperatura do corpo resulta de um equilíbrio entre a produção e a perda de calor. No caso da temperatura ambiente subir para valores muito elevados, o nosso organismo tem mecanismos que lhe permitem regular a temperatura, libertando calor. 
Um dos principais é a transpiração. A transpiração consiste na libertação de água e sais minerais através da pele e é a evaporação da água à sua superfície que permite o seu arrefecimento.
Quando o nosso corpo é exposto a temperaturas muito elevadas, numa tentativa de retomar o equilíbrio térmico, aumenta a produção de suor, e assim perde uma maior quantidade de água e sais minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo.
De um modo geral, as ondas de calor que ocorrem em junho, em Portugal Continental, encontram-se associadas a uma maior mortalidade do que ondas de calor com as mesmas características que ocorrem em agosto, sugerindo que o corpo humano tem uma capacidade de aclimatação ao calor.
A sensibilidade do corpo humano a temperaturas elevadas é maior para valores de humidade relativa mais alta. Se a humidade relativa do ar for muito elevada o mecanismo de evaporação do suor é reduzido ou inibido, tornando a libertação de calor menos eficaz.

 

Grupos de Risco


- Bebés: São especialmente sensíveis ao calor, desidratando com muita facilidade uma vez que os mecanismos de regulação da temperatura corporal ainda são imaturos.


- Idosos: Nos idosos os mecanismos de regulação da temperatura corporal já não funcionam tão bem como num adulto saudável, desidratando com facilidade. Geralmente têm muita relutância em beber líquidos, devendo ser incentivados a tal.


Devem ingerir diariamente, pelo menos mais um litro de água, ou de outro líquido não açucarado, do que bebem normalmente.


Uma boa hidratação nos idosos diminui o risco de doenças do coração e cardiovasculares, inclusive tromboses.


- Doentes acamados: Muita roupa de cama aumenta a temperatura do corpo, favorecendo a desidratação, e aumentando, mesmo com uma boa higiene corporal, a possibilidade de contraírem doenças de pele como fungos e “escaras” (feridas na pele). Privilegie roupas feitas de algodão ou linho em detrimento das fibras sintéticas.


- Outros grupos de risco: Indivíduos com obesidade, problemas renais, doenças cardiovasculares crónicas e comportamentos de risco (exposição prolongada a sol, ingestão excessiva de álcool etc.).


A exposição a temperaturas muito elevadas e a grande perda de água e sais pode levar a uma situação de exaustão pelo calor.

 

Sintomas:


Dores de cabeça; náuseas; vómitos; tonturas; fraqueza; cãibras; pele húmida e pálida; temperatura corporal normal ou ligeiramente aumentada.

 

Que fazer?

 

- Repousar deitado num ambiente fresco;


- Remover roupas apertadas;


- Se possível utilizar soluções comercializadas para hidratação oral, caso contrário beber água natural com uma colher de chá de sal por cada meio litro de água;


- Se a vítima estiver com vómitos ou inconsciente deverá ligar imediatamente para os bombeiros ou 112.


O golpe de calor corresponde a uma emergência médica. Quando exposto durante muito tempo a situações de calor extremo o organismo perde a capacidade de regular a temperatura.


A temperatura interna sobe para valores muito elevados podendo provocar lesões internas graves.

 

Sintomas:


Pele vermelha, quente e seca; pulsação rápida e fraca; temperatura corporal muito elevada; vómitos; perda da consciência.

 

Que fazer?


- Ligue imediatamente para o 112 ou leve a vítima para o hospital mais próximo;


- Remover roupas apertadas;


- Enquanto não chegar ajuda médica deve-se tentar arrefecer a vítima colocando compressas frias ou mesmo sacos com gelo nas virilhas, axilas e peito (zonas do corpo onde ocorre maior transferência de calor) ou mergulhar a vítima em água tépida (20 º c a 25 º c);


- Elevar as pernas,


- Se a vítima tiver vómitos deve ser colocada em posição lateral de segurança;


- Não dar líquidos (a hidratação deve ser feita em meio hospitalar);

 

Em dias de muito calor:


- Ingira água ou outros líquidos não açucarados com regularidade, mesmo que não sinta sede. Pessoas que sofram de epilepsia, doenças cardíacas, renais ou de fígado ou que tenham problemas de retenção de líquidos devem consultar um médico antes de aumentarem o consumo de líquidos.


- Se tem idosos em casa incentive-os a beber pelo menos mais um litro de água por dia para além da que bebem normalmente. Eles vão rejeitar mas deve insistir.


- Procure manter-se dentro de casa ou em locais frescos.


- Em casa, durante o dia, abra as janelas e mantenha as persianas fechadas, de modo a permitir a circulação de ar.


- Durante a noite, abra bem as janelas para que o ar circule e a casa arrefeça.


- Evite sair à rua nas horas de maior calor, mas se tiver de o fazer, proteja-se usando um chapéu ou um lenço.


- Vista roupas leves de algodão e de cores claras. As cores escuras absorvem maior quantidade de calor.


- Evite usar vestuário com fibras sintéticas ou lã. Provocam transpiração, podendo levar à desidratação.


- Evite fazer exercício físico ou outras atividades que exijam muito esforço.


- Evite estar de pé durante muito tempo, especialmente em filas e ao sol.


- Se tiver oportunidade, desloque-se nas horas de maior calor para locais com ar condicionado.


- Um pequeno duche de água tépida arrefece o seu corpo rapidamente aumentando o seu conforto. Se o seu corpo estiver muito quente não deve tomar banho com água muito fria.

 

Quando viajar:


- Viaje de preferência a horas de menos calor ou à noite.


- Quando viajar de automóvel faça-o por períodos curtos. Se tiver que fazer grandes viagens leve consigo água ou outros líquidos não alcoólicos e não açucarados em quantidades suficientes.


- Proteja os passageiros da exposição ao sol, cobrindo as janelas com telas apropriadas, que não dificultem ou prejudiquem a condução.


- Nunca viaje com as janelas totalmente fechadas a não ser que tenha ar condicionado no seu carro.


- Se viajar com crianças mantenha-as o mais arejadas possível, vestindo-lhes o mínimo de roupa e dando-lhes frequentemente água a beber.


- Se viajar com bebés tenha em atenção que o leite é a sua refeição normal e que no intervalo entre as mamadas devem beber bastante água.


- Tenha atenção aos idosos que viajam consigo. Não devem vestir de negro nem roupas de fibra sintética e devem também beber um suplemento de água.
- Coma poucas quantidades de cada vez e várias vezes ao dia.


- As refeições devem ser ligeiras, sopas frias ou tépidas, saladas, grelhados, comidas com pouca gordura e pouco condimentadas, acompanhadas de preferência com água, chá fraco ou outros líquidos não açucarados.


- Não beba bebidas alcoólicas. Num organismo desidratado são absorvidas rapidamente podendo levar a estados de embriaguez com maior facilidade.

 

Na praia:


- Vá à praia apenas nas primeiras horas da manhã (até às 11 horas) ou ao fim da tarde (depois das 17 horas). Mantenha-se à sombra, use chapéu, óculos escuros e cremes de proteção solar. Uma exposição ao sol prolongada leva a queimaduras de pele que só por si aumentam a perda de líquidos. Não se esqueça que os bebés e os idosos são especialmente sensíveis às ondas de calor......

 

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Prevenção Incêndios

 

Incêndios Florestais


Os incêndios florestais são das catástrofes naturais mais graves em Portugal, não só pela elevada frequência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos que causam. Para além dos prejuízos económicos e ambientais, podem constituir uma fonte de perigo para as populações e bens.
Os incêndios florestais são considerados catástrofes naturais, mais pelo facto de se desenvolverem na natureza e por a sua possibilidade de ocorrência e características de propagação dependerem fortemente de fatores naturais, do que por serem causados por fenómenos naturais. 
A intervenção humana pode desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento. A importância da ação humana nestes fenómenos distingue os incêndios florestais das restantes catástrofes naturais.
A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas (direção e intensidade do vento, humidade relativa do ar, temperatura), do grau de secura e do tipo do coberto vegetal, orografia do terreno, acessibilidades ao local do incêndio, prazos de intervenção (tempo entre o alerta e a primeira intervenção no ataque ao fogo), etc...
Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes proporções são normalmente avistados a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos.

 

Causas

 

As causas dos incêndios florestais são das mais variadas. Têm, na sua grande maioria, origem humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas elétricas), quer intencionalmente. 
Os incêndios de causas naturais correspondem a uma pequena percentagem do número total de ocorrências.

 

Os Incêndios Florestais em Portugal Continental

 

A distribuição temporal dos incêndios florestais em Portugal Continental é marcadamente sazonal, verificando-se o maior número de ocorrências e de área ardida nos meses de julho, agosto e setembro. 
A área ardida nos meses de inverno não é muito significativa, comparativamente ao resto do ano.


Fonte: Dados Direcção Geral das Florestas

O número médio de incêndios registado anualmente em Portugal Continental, para o período de 1980 a 1996, é cerca de 12.500. Este número é variável entre as diferentes regiões do país e tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos, não se verificando um aumento proporcional de área ardida.
Fonte: Dados da Direcção Geral das Florestas (Inventário Florestal de 1995)

A área nacional ardida apresenta um valor médio anual de 87.000 hectares, dos quais aproximadamente 50.000 hectares são de povoamentos florestais. A sua distribuição espacial não é homogénea. As regiões do norte e do centro do país são as mais assoladas pelos incêndios florestais.
Fonte: Dados da Direcção Geral das Florestas

 

DETEÇÃO


Uma rápida primeira intervenção é crucial para que um incêndio não se desenvolva para proporções incontroláveis. Qualquer utilizador da floresta deverá efetuar todos os esforços para extinguir ou controlar qualquer foco de incêndio que detete e alertar os bombeiros. O alerta poderá ser dado para o número 112 ou o 117. 
O informador deverá ser tão claro e preciso quanto possível nas informações que fornecer.
Quem detetar um incêndio deverá tentar salvaguardar o seu local de início para que posteriormente se possam desenvolver ações de investigação das suas causas.

 

COMBATE


Quando ocorre um incêndio florestal, a primeira preocupação dos elementos de coordenação e combate envolvidos na sua extinção é a proteção de pessoas e bens essenciais. Durante um incêndio, todas as habitações que se encontram no seu trajeto são exaustivamente protegidas pelos bombeiros e outros agentes da Proteção Civil.
O proprietário de casas em terrenos florestais pode ter um papel muito importante na defesa da sua propriedade. Para tal deve:
- Desenvolver esforços no sentido de interromper a continuidade de combustível entre a sua casa e o mato que a rodeia;
- Providenciar o fácil acesso a meios e instrumentos de combate ao incêndio (ferramentas, água, extintores, etc.);
- Manter a madeira para lenha longe da casa e salvaguardar os depósitos de materiais facilmente inflamáveis e/ou combustíveis.
As aldeias inseridas em zonas florestais deverão manter uma zona tampão protetora contra a ameaça de incêndios florestais, constituída por terrenos agrícolas em atividade ou por zonas incultas limpas de mato.
O combate a um incêndio florestal é uma atividade considerada de alto risco. Se os locatários pretenderem participar nas ações de combate a um incêndio, deverão obedecer a todas as indicações dos elementos de comando responsáveis pela extinção do sinistro.
O alerta de um incêndio deve ser dado para o número 112 ou em alternativa para o 117. 
O informador deverá transmitir de uma forma muito precisa e sintética as seguintes informações:

- Localização aproximada do incêndio;
- Estimativa da dimensão atual do incêndio (se possível);
- Forma de acesso mais rápido ao local.


SABIA QUE...

 

- Mais do que quatro incêndios em cinco têm causas humanas?
- Comportamentos de negligência tais como fumar em florestas e acender fogueiras, são responsáveis pela maior parte dos incêndios florestais?
- O incêndio de Armamar (1985) foi responsável pela morte de 14 bombeiros?
- O incêndio de Águeda (1986) foi responsável pela morte de 13 bombeiros?
- 2003 foi um ano recorde em termos de área ardida em Portugal Continental: cerca de 425.716 há e que se registaram cerca de 26.196 fogos?
- O incêndio de Nisa (2003) consumiu 41.079 ha, um equivalente a 41.079 estádios de futebol? Foi o maior incêndio de sempre em Portugal.

 

Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas : www.icnf.pt 

 

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Prevenção Sismo

 

Prevenção em caso de Sismo

 

Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre, correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmitem a uma vasta área circundante.
Na maior parte dos casos os sismos são devidos a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si.
Ao longo dos tempos geológicos, a terra tem estado sujeita a tensões responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos continentes.
Sob a ação dessas tensões as rochas deformam-se gradualmente e sofrem roturas. 
A rotura do material rochoso ocorre após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando vibrações ou ondas sísmicas, que se propagam no interior da terra. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo.
Os sismos também podem ser originados em movimentos de falhas existentes no interior das placas tectónicas.
A atividade vulcânica e os movimentos de material fundido em profundidade podem ser outras das causas dos sismos.
Mais raramente podem ser provocados por deslocamentos superficiais de terreno, tais como abatimentos e escorregamentos.
A zona no interior da terra na qual se dá a libertação de energia designa-se por foco ou hipocentro.
O ponto à superfície da terra situado na vertical do foco é o epicentro e corresponde à zona onde o sismo é sentido com maior intensidade.
Os movimentos dos terrenos à volta do epicentro são provocados pelas ondas sísmicas quando estas alcançam a superfície terrestre. 
Estes dependem da profundidade do foco, das características (geológicas, topográficas, etc.) e da magnitude do sismo. Quando a atividade sísmica é gerada no oceano, pode ser acompanhada por tsunamis, provocando grandes destruições em estruturas costeiras ou ribeirinhas (embarcações, casas, pontes, etc.). 
Em Portugal Continental, a ocorrência de tsunamis, resultantes da atividade sísmica tem sido fundamentalmente registada no Algarve, na Península de Setúbal e em Lisboa.


QUANTO TEMPO DURA UM SISMO?

 

A duração de um sismo varia desde poucos segundos até dezenas de segundos, raramente ultrapassando um minuto. Após o sismo principal, geralmente, seguem-se reajustamentos do material rochoso que dão origem a sismos mais fracos, denominados réplicas.

 

PODEMOS PREVER UM SISMO?

 

Emboras muitos cientistas estejam a fazer investigação nesse sentido, ainda não é possível prever os sismos. No entanto, é possível tentar minimizar os seus efeitos identificando zonas de maior risco, construindo estruturas mais sólidas, promovendo a educação da população, nomeadamente no que diz respeito às medidas de segurança a serem tomadas durante um sismo, e elaborando planos de emergência.
Os Sismos em Portugal Continental Portugal, no contexto da tectónica de placas, situam-se na placa euro-asiática, limitada a sul pela falha Açores-Gibraltar, a qual corresponde à fronteira entre as placas euro-asiática e africana e, a oeste pela falha dorsal do oceano Atlântico.
O movimento das placas caracteriza-se pelo deslocamento para norte da placa africana e pelo movimento divergente de direção este-oeste na dorsal atlântica.

 

Os dados disponibilizados pelo Instituto de Meteorologia demonstram que a atividade sísmica do território português resulta de fenómenos localizados na fronteira entre as placas euro-asiática e africana (sismicidade interplaca) e de fenómenos localizados no interior da placa euro-asiática (sismicidade intraplaca).


Em função do enquadramento geodinâmico regional do território continental português verifica-se que a sismicidade, associada a falhas ativas, apresenta dois casos distintos:
- Para sismos gerados no oceano (sismos interplacas) a sua sismicidade pode considerar-se elevada. Os sismos apresentam magnitudes elevadas (M>6) e períodos de retorno de algumas centenas de anos;
- Para sismos intraplaca a sismicidade é moderada passando a baixa nas zonas situadas no norte de Portugal. Este facto não significa que nestas zonas não possam ocorrer sismos de magnitudes significativas mas que os seus períodos de retorno são da ordem dos milhares a dezenas de milhares de anos.


ENQUADRAMENTO GEODINÂMICO REGIONAL DO TERRITÓRIO CONTINENTAL PORTUGUÊS

 

1- Crosta oceânica
2- Crosta continental adelgaçada
3- Fronteira de placas difusa (colisão continental)
4- Fronteira de placas (localização aproximada)
5- Subducção provável a sul dos bancos submarinos de Goringe e Guadalquivir e ao longo da margem continental oeste-ibérica
6- Falha ativa
7- Idem provável
8- Falha ativa com movimento de desligamento
9- Falha ativa com movimento inverso
10- Falha ativa com movimento normal


Ga- banco da Galiza
Go- banco de Goringe
Gq- banco do Guadalquivir
P.A.Ib.- Planície Abissal Ibérica
P.A.T.- Planície Abissal do Tejo
Curvas batimétricas em km (primeira a 200 m)

Fonte: João Cabral (1995)


Os grandes sismos históricos tiveram os seus epicentros localizados no acidente Açores-Gibraltar (sismos interplacas), dos quais se destaca o de 1 de novembro de 1755, com uma magnitude aproximada de 8,75. Este sismo originou um tsunami com cerca de 15 metros de altura, fenómenos de liquefação e deslizamentos, tendo provocado na cidade de Lisboa grande número de mortos e destruição de edifícios.
A sismicidade intraplaca é mais difusa, destacando-se, como exemplo, o sismo de 23 abril de 1909 com epicentro em Benavente, Vale Inferior do Tejo, e com uma magnitude de 6,7.
Para além da região do Vale Inferior do Tejo, existem outras zonas de sismicidade histórica importante: Loulé, Setúbal, Batalha - Alcobaça e Moncorvo.
A carta das máximas intensidades observadas até à atualidade, permite-nos concluir que o risco sísmico no Continente é significativo: 
As maiores concentrações demográficas situam-se no seu litoral, precisamente nas áreas de maiores intensidades sísmicas observadas.
A entidade responsável pela vigilância sísmica em Portugal é o Instituto de Meteorologia, que apresenta semanalmente um resumo da sismicidade ocorrida no Continente.

 

http://www.ipma.pt/pt/geofisica/sismologia/

 

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sismo

 

- O que fazer

em caso de sismo -

 

pdf icone Folheto "Aterratreme" 

 

Prevenção Trovoada

 

Prevenção em caso de trovoada


São muitos os fenómenos que ocorrem no meio de uma tempestade. Uma das suas manifestações mais destrutivas e ameaçadoras é a descarga elétrica, designada por relâmpago. As tempestades onde se desenvolvem este tipo de fenómeno, geralmente de curta duração, são denominadas trovoadas. Estima-se que, a cada momento do dia, existem cerca de 2000 trovoadas no mundo e que cerca de 100 relâmpagos atingem a superfície terrestre por segundo.
Os prejuízos causados por este tipo de fenómeno são muito avultados e, embora a probabilidade de se ser atingido por um raio seja diminuta, as trovoadas chegam, muitas vezes, a causar mais fatalidades que furacões ou tornados.
O raio “escolhe” sempre o caminho mais curto até ao solo, atingindo o objeto a maior altitude, uma árvore alta ou um edifício, uma torre ou mesmo um indivíduo em campo aberto.
Cerca de 3 quartos dos acidentes derivados das trovoadas ocorrem no período estival, durante a tarde e princípio da noite, atingindo geralmente as pessoas quando estas se encontram ao ar livre. 
A razão por que isto acontece é devido à maior frequência das trovoadas no verão, altura em que existem condições propícias à formação de tempestades de curta duração. 
Uma parte destes acidentes é devida aos incêndios provocados pelos raios.
Use sempre a regra dos 30 segundos para determinar o grau de ameaça dos relâmpagos. Esta regra é simples e consiste em contar os segundos entre a visão do relâmpago e a audição do seu som (trovão).
Caso este valor seja menor que 30 segundos procure abrigo imediatamente porque isto significa que a trovoada se encontra perto o suficiente para atingir o local onde se encontra. Siga os passos abaixo indicados:

 

Durante a trovoada:


- Mantenha-se em casa e afastado das janelas;


- Feche as cortinas e persianas para evitar o arremesso de estilhaços;


- Desligue a televisão, computador e outros aparelhos elétricos;


- Pode, no entanto, manter a luz ligada uma vez que isso não aumenta a probabilidade da sua casa ser atingida por um relâmpago;


- Evite tomar banho ou deixar água a correr para qualquer outro propósito;


- Se se encontra na rua longe de edifícios, desloque-se para dentro de um carro, não descapotável, e evite o contacto com o metal;


- Evite o uso de telefones, a não ser em caso de emergência;


- Nunca se abrigue debaixo de objetos vulneráveis tal como uma árvore alta, numa área isolada;


- Não permaneça no topo de uma colina, em campo aberto, ou na praia;


- Afaste-se da água: não pesque e não ande em barcos pequenos;


- Afaste-se dos objetos de metal e retire qualquer peça de metal que traga consigo;


- Os metais são grandes condutores de eletricidade;

 

- Afaste-se de tratores ou de outro equipamento metálico tais como motas ou bicicletas;


- Afaste-se de redes e tubos metálicos, de linhas ferroviárias ou de qualquer outro curso metálico que possa conduzir a descarga elétrica desde uma distância considerável;


- Evite abrigar-se em cabanas isoladas ou em qualquer outra pequena estrutura em campo aberto;


- Se se encontra numa área florestal procure abrigo numa zona de baixa altitude debaixo de um conjunto denso de arbustos;


- Se se encontra em campo aberto, procure abrigo numa área de baixa altitude tal como uma ravina ou um vale ;


- Nunca se deite sobre campo aberto;


- Nunca permaneça debaixo de uma árvore alta e isolada. A maior parte das vítimas das trovoadas são atingidas quando procuram abrigo debaixo de uma árvore.


- Verifique que não se encontra à maior altitude na área envolvente. Desça até ao ponto mais baixo possível e afaste-se de objetos altos e vulneráveis. Se o raio atinge qualquer um desses objetos pode apanhar o choque da descarga elétrica através do solo.


Primeiros Socorros:


- Se uma pessoa é atingida por um relâmpago não significa que transporte qualquer carga elétrica e, como tal, pode ser tocada. Terá sofrido um violento choque elétrico e apresentará algumas queimaduras;


- Muitas vítimas aparentemente “mortas” por relâmpagos podem ser reanimadas se a ação de socorro for rápida. Quando um grupo é atingido devem-se socorrer primeiro aqueles que aparentemente perderam a vida;


- Os indivíduos inconscientes, mas a respirar, provavelmente sobreviverão;


- A ação de socorro àqueles que não respiram deve ser feita até 4-6 minutos após o choque de modo a prevenir danos irreversíveis no cérebro.


- Deve ser administrada respiração boca-a-boca uma vez em cada 5 segundos nos adultos e em cada 3 segundos nas crianças:


- Se a vítima não respira e não tem pulso deve ser-lhe administrada a Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Esta manobra resulta de uma combinação entre a respiração boca-a-boca e compressões cardíacas externas e deve ser feita, se possível, por pessoas qualificadas para o efeito;


- Verifique se a vítima tem queimaduras nas suas extremidades e à volta de zonas em contacto com metal.


LIGUE para os Bombeiros ou 112

 

Prevenção de Acidentes de Mergulho

 

  mergulho

 

 

Alertas e Informação Meteorológica

 

Informação Meteorológica de apoio à prevenção e combate aos incêndios florestais

 

Risco de incêndio (previsão do dia)


Risco de incêndio (previsão do dia seguinte)

 

Risco de Incêndio (previsão a dois dias)

 

Condicionantes ao uso do fogo - Para obter mais informações contacte os Bombeiros Municipais de Sardoal – Telefone 241 850 050

 

http://meteo.cm-sardoal.pt/ (previsão meteorológica)

Alertas de Saúde Pública (Calor)

 

Avisos do Instituto de Meteorologia

 

Índice Ultravioleta

Nós e os Riscos

 

 

Nos e Riscos

 

"Nós e os Riscos"

 

Segurança do Automóvel

 

“Em caso de acidente rodoviário, cada segundo conta!”


Uma das grandes dificuldades com que as equipas de socorro se deparam frequentemente em ações de desencarceramento é a dificuldade em saber onde “cortar” a viatura.


Os 10 minutos necessários até há pouco tempo atrás para abrir um automóvel e retirar um ferido são agora muitos mais com os automóveis de última geração, já que é preciso ter muita informação para o poder fazer de forma segura: onde se encontram os componentes de alta tensão, as cargas dos airbags, que tipo de combustível utiliza a viatura, quais os melhores pontos de corte da carroceria. O tempo é de ouro quando se trata de resgatar um ferido grave encarcerado num automóvel. Uns minutos podem fazer a diferença entre a vida e a morte.

 

No sentido de permitir que as equipas de socorro tenham acesso rápido a toda informação sobre os veículos acidentados, o Automóvel Clube de Portugal (ACP), em parceria com vários organismos, criou a Ficha de Segurança. Trata-se de um documento de leitura fácil, de formato standard, impresso e colocado pelo condutor no interior da viatura.


Mais informações sobre este documento em http://www.acp.pt/ficha-de-seguranca/ficha-de-seguranca


Exemplos em anexo.

 

PMEPC

 

Os planos de emergência de proteção civil são documentos formais nos quais as autoridades de proteção civil, nos seus diferentes níveis, definem as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de proteção civil. A recuperação a curto prazo das áreas afetadas constitui outro dos seus objetivos, de forma a minimizar os efeitos de um acidente grave ou catástrofe sobre as pessoas, bens e o ambiente.
Os planos de emergência de proteção civil são, assim, documentos desenvolvidos com o intuito de organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias à resposta. Como tal, deverão permitir antecipar os cenários suscetíveis de desencadear um acidente grave ou catástrofe, definindo, de modo inequívoco, a estrutura organizacional e os procedimentos para preparação e aumento da capacidade de resposta à emergência.
A ativação de um plano de emergência de proteção civil visa assegurar a colaboração das várias entidades intervenientes, garantindo a mobilização mais rápida dos meios e recursos afetos ao plano e uma maior eficácia e eficiência na execução das ordens e procedimentos previamente definidos.
A eficaz gestão de uma situação de emergência de proteção civil só é possível através de um bom planeamento e deve ter por base um plano de emergência simples, flexível, dinâmico, preciso e adequado às características locais. Por outro lado, o seu conteúdo não pode assumir-se como irrevogável, devido às constantes mudanças sociais, geográficas, técnicas, logísticas e mesmo operacionais, as quais terão de ser constantemente refletidas no documento, numa lógica de melhoria contínua.
Os critérios e as normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de proteção civil, independentemente da sua finalidade e âmbito territorial, são fixados pela Resolução n.º 30/2015, de 7 de maio, da Comissão Nacional de Proteção Civil.

 

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