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Freguesias

 

Alcaravela

 

freguesia alcaravela  

Situada muito perto do centro geográfico de Portugal, a freguesia de Alcaravela (do árabe Al Karavan), possui referências conhecidas desde 1527. A sua serra, a riqueza florestal e as memórias da extração da resina são o seu principal património.

 

Breve História:

As referências mais antigas que conhecemos de Alcaravela encontram-se no Cadastro Geral do Reino, de 1527, onde a vintena de Alcaravela aparece referida com 58 moradores, aparecendo também referida na Carta de Demarcação de Termo do Concelho, dada por D. João III, a 10 de agosto de 1532, em Lisboa. A Alcaravela se refere também Carvalho da Costa, na sua “Corografia Portuguesa”, de 1712, nos seguintes termos: “Que este termo tem uma igreja paroquial da invocação de Santa Clara, priorado de Malta, a quem pertencem os dízimos e a terça é dos Bispos da Guarda, que visitam somente o corpo da igreja, a que não são obrigados a consertar os fregueses; e a capela-mór é de Malta e corre por conta do Prior e é visitada pelo visitador do Priorado do Crato”. “Que esta igreja está situada no lugar de Alcaravela, que tem 120 vizinhos que povoam muitos casais e uma ribeira no Casal de Vale Formoso, com 2 azenhas, 1 lagar de azeite e 2 pisões”.

A igreja paroquial de Santa Clara é um templo moderno, que substitui a antiga capela. Foi construída a expensas da população, sob a direção do pároco, padre Francisco Pires.

A antiga igreja estava construída no mesmo local. Foram principais benfeitores desta igreja, os Exmos. Srs. Dr. João Serras e Silva e João Serras, ambos naturais de Santa Clara. Todo o povo contribuiu com bastante generosidade para a sua construção, dando dinheiro, madeiras e trabalho. A sua construção foi iniciada a 3 de março de 1921, sendo inaugurada a 21 de setembro de 1924. Assistiram à festa de inauguração Sua Ex.ª Rev.ª o Sr. Bispo de Portalegre, D. Domingos Maria Frutuoso, o Sr. Bispo de Viseu, D. António Alves Ferreira. O sermão da festa foi pregado por Sua Eminência o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, ao tempo Lente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

A Casa do Povo de Alcaravela, é uma das primeiras do país. Tem sede própria, para a construção da qual o Estado entrou com 46.000$00 e foi inaugurada em 6 de maio de 1934, contando em 1940 com 350 sócios efetivos e 5 protetores.
Registe-se a curiosidade de não existir nenhum lugar com o nome de Alcaravela. Rica em património florestal (Serra de Alcaravela) ficou conhecida pela extração de resina (atividade económica hoje quase desaparecida).

 

Lugares da Freguesia

– Carrascais, Casal Pedro da Maia, Casal Velho, Casos Novos, Chã Grande, Cimo dos Ribeiros, Fontelas, Herdeiros, Monte Cimeiro, Moutal, Outeiro, Panascos, Pero Basto, Pisão Cimeiro, Presa, Santa Clara, Saramaga, Tojalinho, Tojeira, Vale Formoso, Vale das Onegas e Venda, para além de algumas habitações isoladas.


Caracterização

Área – 36,7 km²

População residente – 909 (Censos 2011)

Padroeira – Santa Clara

Mercado Semanal – Em Santa Clara, todos os domingos

 

Festas Religiosas – Festa do Santíssimo (Santa Clara – junho)

Festa de Nossa Senhora da Guia (Panascos – julho) Festa de Santa Clara (Santa Clara – julho) 
Festa do Imaculado Coração de Maria (Vale das Onegas – data a definir) 
Festa de Nossa Senhora das Necessidades (Presa - setembro)

Corpo de Deus – Comum a todas as Paróquias (junho)

 

Festas Anuais – Monte Cimeiro – junho

Panascos – julho

Presa – setembro

Santa Clara – Feira Mostra/Festival de Folclore – agosto

 

Morada:

Rua da Igreja Paroquial - Santa Clara
2230-011 Alcaravela
Telefone: 241 855 628
Fax: 241 851 263

 

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Santiago de Montalegre 

 

freguesia santiago montalegre  

Freguesia desde 1928, Santiago de Montalegre ainda reflece as características de um “Portugal profundo”. A sua riqueza florestal e agrícola contribui decisivamente para o equilíbrio económico do concelho.

 

Breve Nota Histórica

Está datado de 1 de março de 1928 e foi publicado a I Série do então “Diário do Governo” do dia 8 seguinte, o Decreto nº 15 132, que determinou a criação da freguesia de Santiago de Montalegre.

Assinado pelo Presidente da República, António Óscar de Fragoso Carmona, o diploma deu resposta às pretensões da população local, que reivindicava a saída da freguesia de Sardoal, porquanto “ a distância era grande e servida de maus caminhos”.

Tem duas igrejas na freguesia, a de S. Tiago no alto da serra do mesmo nome, muito antiga e sem grande valor artístico. Serviu durante muitos anos de igreja paroquial e deixou de sê-lo em 16 de setembro de 1934, data em que se inaugurou a nova igreja paroquial, na sede da freguesia (lugar de Montalegre). 
Ignora-se a data de construção da velha igreja de S. Tiago, que atualmente serve de capela do cemitério que lhe fica junto.

A vintena de Montalegre aparece referenciada no Censo Geral do Reino de 1527, como tendo 76 moradores. À vintena de Montalegre se refere também a Carta do Termo do Concelho, de 10 de agosto de 1532. O Dr. Giraldo Costa no seu Esboço Corográfico do Sardoal (1882) refere-se-lhe nestes termos: “Ainda hoje faz um bodo em igual festividade do Espírito Santo, menos aparatoso porém, na capela de S. Tiago pertencente a um grupo de povoações denominado os Mógãos e componente da freguesia”.

Sobre as potencialidades da freguesia, transcreve-se parte de um texto, publicado num suplemento do jornal “A Hora”, sobre o distrito de Santarém, em julho de 1940: “Constitue uma riqueza deveras notável para a freguesia a exploração das madeiras de pinho.

Quase todos os terrenos incultos, senão todos, se encontram cobertos de pinheiros, cuja madeira e resina representam a primeira exportação de Santiago de Montalegre.

Além disso, oferecem-nos uma riqueza incomparável os vales cheios de milho, dos quais emergem em abundância todas as árvores de fruto da região, entre as quais se destacam: pereiras, macieiras, laranjeiras, figueiras, pessegueiros, etc. 
Cultivam-se todos os legumes as hortaliças abundam e constituem com a brôa a base da alimentação da gente simples e trabalhadora da Freguesia. 
Cada família cria um ou mais suínos, cuja carne, juntamente com o pouco, mas fino azeite da região, serve de tempero aos magros alimentos, durante todo o ano”.

 

Lugares da Freguesia

 

Amieira, Brescovo, Casal dos Pombos, Cerro, Codes, Lameiras, Lobata, Lomba, Mivaqueiro, Mogão Cimeiro, Mogão Fundeiro, Montalegre, Portela Selada, Salgueira e S. Domingos (que pertence a mais de uma freguesia e concelho), para além de algumas habitações isoladas.

 

Caracterização

Área  – 17km²

População residente – 224 (Censos 2011)

Padroeiro – São Tiago

Festa Religiosa – Festa de Santiago dia 26 de agosto e oCorpo de Deus – Comum a todas as paróquias (junho).

 

Festas Anuais – Montalegre (agosto)

 

Morada:
2230-062 Santiago de Montalegre

Telefone: 241 852 066

 

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Sardoal

 

freguesia sardoal  

Perdendo-se na origem dos tempos, a freguesia do Sardoal é das poucas, em todo o país, que possui dois oragos (São Tiago e São Mateus). O seu grande valor reside na riqueza da História, no Património Edificado, no clima e no espólio ambiental.

Aceitando por verdadeira a antiguidade de Sardoal, é de crer que é muito remota a sua existência como paróquia e freguesia.

O Capitão Manuel António Morato, na sua “Memória da Notável Vila de Abrantes”, escrita no século passado, referindo-se à fundação da igreja de S. Tiago, escreve o seguinte: “...As mesmas conjecturas nos levaram a marcar o ano de 1341, como aquele em que se edificava a Igreja de S. Pedro, nos obrigam a pensar o mesmo sobre a edificação da Paróquia de S. Tiago”; por isso que palavras e letras também soltas e destacadas, assim o parecem confirmar nos deteriorados apontamentos do Bispo D. Frei João da Piedade.
“A esta freguesia pertenciam os moradores do Sardoal e dela se separaram no reinado de D. Afonso V, passando a formar freguesia à parte, com invocação de S. Mateus e S. Tiago e a primitiva igreja ficou desde então considerada ermida, com invocação de Nossa Senhora dos Remédios, mas debaixo da jurisdição do Pároco do Sardoal, que apresentava nela ermitão”.
Esta hipótese de fundação da freguesia, ou melhor dizendo, da paróquia de Sardoal, no reinado de D. Afonso V entre em relativa contradição com um documento que existe no arquivo da Câmara Municipal do Sardoal, uma carta de sentença, dada pelo Bispo da Guarda, D. Luis, com data de 15 de setembro de 1456, a favor dos moradores do Sardoal, contra o Prior Fernão Álvares de Almeida, por este pretender obrigar os ditos moradores do Sardoal a prover a Igreja de S. Tiago e S. Mateus, de ornamentos, sinos, livros, etc. Serrão da Mota, nas suas “Memórias restauradas do antigo lugar a vila de Sardoal – 1754”, refere a tradição existente em meados do século XVIII, de que a freguesia fora em tempos recuados em S. Simão (na altura designada por aldeia de Alferrarede), do termo da vila do Sardoal, sem mais fundamento do que conservar-se ali uma pia batismal, o que pode ser como freguesia anexa e não como matriz.

Aliás esta tese não pode fazer qualquer prova, porque antes do Concílio de Trento, em 1563, todas as freguesias tinham pia batismal e autorização para batizar, visto que não havia registo obrigatório.

O que deve ser notado, é que haver pia de batismo na igreja de S. Simão e conservar-se a feira chamada de S. Simão, no dia deste santo (28 de outubro), é indício de grande antiguidade e que ele foi antigo orago e padroeiro, antes que o fossem S. Tiago e S. Mateus. Outros defendem, continuamos a citar Serrão da Mota, que a sede de freguesia foi em Nossa Senhora dos Remédios, junto ao castelo de Abrantes e em 1753 de conservar a antiga posse e os párocos do Sardoal iam ali oficiar missa, todos os anos, na festa de S. Tiago. “...Queiram que sendo como ainda está, esta freguesia de S. Tiago e S. Mateus, se dividia em duas, para maior comodidade dos párocos ou dos fregueses. Ali era S. Tiago, e S. Mateus era nesta Vila, defronte da Igreja da Misericórdia, onde hoje (1754) se conserva um arco de pedra e que chamam de S. Mateus, por se dizer haver sido ali a sua igreja”.

 

Lugares da Freguesia

Andreus, Cabeça das Mós, Carvalhal (pertence a mais de uma freguesia e concelho), Entrevinhas, Madalenas, Palhota, Pisco, S. Simão, Sardoal, Vale da Carreira, Valongo e Venda Nova, para além de algumas habitações isoladas.

 

Caracterização

Área – 30 km²

População residente – 2414 (Censos 2011)

Padroeiros – São Tiago e São Mateus

 

Festas Religiosas

Procissão dos Passos do Senhor (Sardoal – Irregular)

Procissão de Ramos (Sardoal – Irregular)

Procissão do Senhor da Misericórdia ou Fogaréus (Sardoal – quinta-feira santa) 
Procissão do Enterro do Senhor (Sardoal – sexta-feira santa)

Procissão da Ressurreição do Senhor (Sardoal – domingo de Páscoa)

Festa de S. Sebastião (Sardoal – fevereiro)

Festa do Senhor Jesus da Boa Morte (Cabeça das Mós – abril)

Festa do Senhor dos Remédios – (Sardoal – abril)

Festa do Espírito Santo ou do Bodo – (Sardoal – junho)

Festa de Santo António – (Entrevinhas – junho)

Festa de Nossa Senhora da Lapa – (Cabeça das Mós – julho/agosto)

Festa de Nossa Senhora da Saúde ou dos Barbilongos – (Andreus – agosto)

Festa da Imaculada Conceição (Sardoal – dezembro)

Corpo de Deus - Festa comum a todas as paróquias (junho)

 

Festas Anuais

Andreus – julho

Cabeça das Mós – julho/agosto

Entrevinhas – agosto

S. Simão – Irregular

Sardoal – Festas do Concelho - setembro

Venda Nova – setembro/outubro

 

Mercados

Mercado de Janeiro (Sardoal – janeiro)

Feira da Primavera (Sardoal – maio)

Feira de S. Simão ou da Fossa (Sardoal – 28 de outubro)

 

Morada: Tapada da Torre

2230-161 Sardoal

Telefone: 241 855 169
Fax: 241 855 607

 

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Valhascos

 

freguesia valhascos  

Valhascos é a freguesia mais jovem do concelho de Sardoal, possuindo autonomia administrativa desde 1949. O campo foi sempre um dos seus mais ricos patrimónios, sendo conhecida pela riqueza e qualidade dos seus solos de cultivo.

 

Breve Nota Histórica:

A povoação de Valhascos foi elevada à categoria de freguesia civil pelo governo, através de Despacho N.º 37.555, de 15 de setembro de 1949, “atendendo ao que representou a maioria dos chefes de família eleitores” e por considerar a existência de uma circunscrição “com população superior a 1300 habitantes”, além de possuir “paróquia religiosa, igreja, escola e cemitérios próprios”.
O despacho oficial referia ainda que a nova freguesia dispunha dos “ recursos indispensáveis para satisfazer os seus encargos”.

No entanto, já em 24 de fevereiro de 1938, lhe fora conferida a classificação de freguesia religiosa, por determinação do Bispo de Portalegre, D. Domingos Maria Frutuoso, passo essencial para que a Câmara Municipal de Sardoal e o governo “levassem a sério” o processo de autonomia administrativa, aspiração dos Valhasquenses.

 Refira-se, aliás, que tal pretensão foi precedida de amplas movimentações populares neste sentido, conforme documentam as edições do “Jornal de Abrantes” e “O Abrantes”, publicadas na ocasião.

A igreja paroquial, com o seu nome, começou a construir-se em 21 de abril de 1902 e foi inaugurada em 18 de outubro de 1904.Existem ainda as ruínas da ermida de Nossa Senhora da Graça, citada no “Santuário Mariano”, obra escrita no século XVIII, que a situa “três quilómetros a Este da Vila de Sardoal na aldeia dos Valhascos”.

Ao lado ficava o antigo cemitério onde “ havia sepulturas brasonadas, talvez da família Brandão de Cordes e Ataíde, do Pouxão”. Conta-se que aí, quase à superfície da terra, no meio da lavoura, se encontrou um esqueleto, presumivelmente de um oficial romano. Ao lado tinha a espada e os seus galões, que ainda eram perceptíveis.

Convém realçar que, perto desse local ainda hoje se podem descortinar restos de uma antiga calçada romana.

Neste domínio, convém também assinalar a existência de uma capela dedicada a S. Bartolomeu, que se julga ser do século XVI. Alguns destes elementos foram colhidos na “Monografia de Valhascos”, da autoria de Maria Teresa Lobato, publicada em 1959. A primeira referência que se conhece sobre Valhascos, data de 1532 e encontra-se na Carta de Demarcação do Termo do Concelho de Sardoal, datada em Lisboa, em 10 de agosto, por lavra de D. João III, que refere a “(...) vintena de Valhascos, será aldeia com seus rossios (...) e daí a um arrife de pedras que estão no cimo do sobral, onde está uma pedra alevantada nadível de seis palmos em alto sobre a terra e daí por baixo das oliveiras da Murteira, direito à fonte dos Valhascos e fica a fonte dentro da demarcação e daí vai direito ao rossio da aldeia a uma oliveira que tem três penedas nadíveis ao pé e daí por um arrife de pedras ao redor da casa dos herdeiros de Fernão Afonso”. Mais adiante pode ler-se: “ (...) e para do monte de Valhascos ir tomar água de Arcez, irá partindo da Portela do Mourisco, caminho de S. Lourenço até das direitas de Arcez, posto que dentro da demarcação fiquem três casais da dita vintena de Valhascos, porquanto hei por bem que fiquem no dito termo do Sardoal e sejam dele, além da aldeia e seus rossios”.
Em 1712, Carvalho da Costa, na sua “Corografia Portuguesa”, afirma que as aldeias são três e, em 1758, o pároco de Sardoal, respondendo ao interrogatório do Bispo do Algarve, refere que a localidade era composta por “68 vizinhos”.

É conhecida pela qualidade da sua hortaliça (couve de Valhascos), do seu azeite, dos frutos e cereais, devido à grande riqueza dos seus solos de cultivo. A freguesia é composta apenas pela localidade de Valhascos e por algumas habitações isoladas.

 

Caracterização

Área – 8,3 km²

População residente – 401 (Censos 2011)
Padroeiro  – Nossa Senhora da Graça


Festas Religiosas

Festa de S. Bartolomeu (agosto)

Festa de Nossa Senhora da Graça (8 de setembro)

Corpo de Deus – Comum a todas as Paróquias (junho)

 

Festas Anuais – setembro

 

Morada:
Largo Lobato Correia n.23
2230 – 180 Valhascos

Telefone: 241 855 900


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